A Família de Schoenstatt e os amigos do Pe. José Kentenich se reúnem, a cada ano, próximo a data de seu nascimento, 16 de novembro, no Monte Schoenstatt, na Alemanha, para “felicitar” o Fundador e lançar um olhar mais profundo em sua vida e na história de Schoenstatt. Com isso, também os schoenstattianos sempre experimentam algo novo e observam detalhes interessantes.
Desta vez, Ir. M. Pia Buesge nos fez contemplar a vida de um discípulo do Pe. Kentenich:
Pe. Fritz-Josef Hillebrand,
que nasceu em 1910, em Benhausen, conheceu Schoenstatt em sua juventude e ingressou na Sociedade dos Palotinos.
Um segundo José Engling
“Sangue e fogo” o inflamavam. Aquilo que assumia, levava muito a sério. Levou até as últimas consequências, seu propósito de se tornar um segundo José Engling. Viu nisso a sua missão de vida, pois estava convicto que Schoenstatt precisa de santos! Como José Engling, ele se deixou educar, na Aliança de Amor com a Mãe de Deus, e amadureceu o seu caráter. Há 75 anos, em 28 de outubro de 1944, Pe. Hillebrand foi morto, no leste de Belgrado, durante sua atuação como enfermeiro, na segunda guerra mundial.
A impressão que permanece
Ficamos sabendo que até hoje, há pessoas que se vinculam ao Pe. Hillebrand. Ir. M. Pia apresentou, em vídeo, o testemunho de Janos Römer, que se recordava de uma visita do Pe. Hillebrand à sua família, que naquela época morava em Betschkerek (hoje Sérvia). O garoto de dez anos, naquela época, só falava em húngaro e não podia conversar com o Padre, mas a profunda impressão que este lhe deixou, permanece até hoje.
Testemunho silencioso
Römer se lembra da máquina de escrever que Pe. Hillebrand usava para seu apostolado, durante a guerra. Pouco antes de sua morte, ele a entregou ao seu pai, porque devia reduzir seus pertences, para ir nas trincheiras de frente, na guerra. Essa máquina de escrever, mais tarde, tornou-se propriedade dos Padres de Schoenstatt, como também a maleta de missa, que Pe. Hillebrand usava para celebrar missa, no meio da guerra, e uma das muitas estampas da MTA, que ele presenteava. Este testemunho silencioso, não fala numa linguagem atual (pois, a informática superou os aparelhos antigos), mas, nos fez refletir nessa noite.
O que “grande” tio avô
Ir. Marieluise Fleitmann não pode conhecer seu tio avô, Pe. Hillebrand enquanto ele vivia. Mas, ela partilhou sobre sua vinculação com ele. Durante muito tempo, o que ela e sua família sabiam sobre Schoenstatt era somente o que ele, que era chamado por “tio Fritz” lhes transmitira. Ela testemunha que, aos poucos, “do céu”, ele também transmite para a sua família biológica o fogo de Schoenstatt. Uma prova disso é a sua vocação de Irmã de Maria.
A “Família-Hillebrand”
Todos ficaram impressionados e empolgados pelo apostolado original do Pe. Hillebrand. Tornar Schoenstatt conhecido o impulsionava tanto que, mesmo durante a guerra, ele encontrava oportunidades para isto. Em vários lugares surgiram grupos de Schoenstatt por sua iniciativa. Por exemplo, ele perguntou em uma loja, que não era de artigos religiosos, se ali havia terços e, com isto, iniciou uma conversa religiosa com a balconista
O mesmo aconteceu em Mährisch-Trübauna, próximo a Sudeto, uma cadeia de montanhas na fronteira entre a República Checa a Polônia e a Alemanha, uma vendedora despertou a atenção do Pe. Hillebrand para o grupo das jovens, do convento das Irmãs da Imaculada. Quando ele foi solicitado para dar um dia de retiro para elas, aproveitou a ocasião para introduzir em Schoenstatt, não apenas as meninas, mas também as Irmãs, que se empolgaram com o seu ardor. Depois, elas continuaram regularmente com os seus encontros e, na década de 1960, até foi possível um encontro com Pe. Kentenich em Schoenstatt. Ele lhes deu a tarefa de “Serem a garantia de que a terra de Sudeto se tornasse uma santa terra de Maria.”
A pedra fundamental
Pe. Hillebrand desejava que sua terra natal Benhausen, no oeste da Alemanha, se tornasse um “Distrito de Schoenstatt”. No 75º aniversário de sua morte, a Família de Schoenstatt fez o lançamento da pedra fundamental deste Santuário. Nela estão os nomes: Pe. José Kentenich, José Engling e Pe. Franz-José Hillebrand. No ano 2000, o Santuário foi inaugurado. Também há uns 100 km do local de sua morte, em Ivanovci, na Croácia, há um Santuário de Schoenstatt, no qual a Família de Schoenstatt local se edificou sobre a viva pedra fundamental, Pe. Hillebrand.
Encerramos a reflexão, com uma oração e Pe. Peter Nöthen nos deu a bênção. Aproveitamos a ocasião para ver de perto as relíquias: a máquina de escrever, objetos para a Missa e o quadro da MTA.
“Sim, ‘quando a semente morre, ela dá frutos cento por um!’ E vocês, o que fazem?” Foi a pergunta do Pe. Kentenich à “Família-Hillebrand”. Nessa noite, ele nos faz a mesma pergunta. O que fazemos, depois de ter conhecido a vida de tão fiel apóstolo de Schoenstatt? Deixemo-nos influenciar por ele!