“Eis que a porta se abriu…”
A Anunciação do Senhor desperta em nós o olhar ao extraordinário da fé. Vemos nesta Festa o encontro do Divino com o humano, do Sobrenatural com o natural, da grandeza com a pequenez. Maria, a pureza imaculada, é a primeira testemunha humana do Deus Uno e Trino. Através do Arcanjo Gabriel ela dialoga com Deus. Pergunta e reflete. Mas aquilo que mais nos toca é essencialmente sua resposta: “Fiat mihi secundum verbum tuum”. Ela quer participar do plano salvífico de Deus, quer cooperar e colaborar na Obra da redenção.
Esta é a magnitude do encontro que modificou a nossa história e fez o Divino romper todas as barreiras humanas. Esta foi a primeira porta que se abriu: o coração da Mãe de Deus. Maria teve ousadia e coragem para pronunciar o sim.
Hoje, Deus não envia seus anjos a nós. Mas Ele nos proporciona encontros com o Divino através das portas que abre a cada acontecimento de nosso dia. Ele nos chama a Si pelo nome e nos convida a colaborar com Ele em seu plano de amor.
E que reposta queremos dar a Ele?
Somos uma porta aberta como a Mãe de Deus?
Trilhamos este caminho com ousadia?
Segundo nosso Pai e Fundador, Padre José Kentenich, Maria “deu sua corajosa concordância com toda a cruz e dor que haveriam de esperá-la mais tarde. Uma vez, ela pronunciou seu Fiat, estou pronta. E nunca mais o retratou, durante toda sua vida. Esta é a grandeza e a fortaleza da alma feminina: Fiat. Ela vê acima de si, o Deus grande, bondoso, infinitamente bom e onipotente e frente a Ele, sente-se como uma serva.”[1]
Maria não se deixou levar pelo que era mais fácil ou pelo medo. Ela arriscou o salto e foi impulsionada pela fé. Devemos crer que se tivermos um encontro profundo com o Senhor e a coragem da Mãe de Deus, nossa vida se transformará completamente.