Escaravelhos e abelhas
Escaravelhos!
Estes bichos alimentam-se principalmente de adubo, de “lixo” animal, que é popularmente chamado estrume ou esterco. Vasculham na escuridão, no interior da terra, e procuram ver se conseguem encontrar aí “lixo”, ou seja, algo menos bom.
Isto é o que parece ter inspirado o P. Kentenich a ilustrar o comportamento de um certo tipo de cristãos. Disse, por exemplo, num sermão de Domingo:
„Se queremos fazer comparações com o mundo dos animais e aplicá-las ao amor fraterno, podemos usar estas duas imagens:
Existem escaravelhos. São os que só valculham no estrume. Hoje mais do que nunca. Quando falam – nem têm assunto –vasculham sempre no estrume… Quantas coisas sabem dizer do vizinho, seja em comunidade maior ou mais restrita. Afinal o que é isto? É o escaravelho a trabalhar!”(Viver da Fé, volume 8, pág. 72 da edição alemã)
O que significa isto em concreto?
Há certas pessoas..,
- que só veem o negativo,
- que falam mal dos outros,
- que envenenam a atmosfera na comunidade,
- que encontram um cabelo em cada sopa,
- que destroem a boa fama dos outros.
Estes “escaravelhos” não deveriam ter lugar entre nós.
Mas em vez deles e em contraste com eles,
tanto mais deveria haver abelhas. “ O que fazem as abelhas? Procuram em toda a parte sugar o pólen com que fazem o mel, para o bem do homem”. (ibidem).
É assim que deveríamos viver: encontrar o mel em cada pessoa. Isto é por vezes um trabalho duro – no entanto: é disto que se trata. Procuro nos outros o bem, o cerne de ouro, o tesouro precioso que cada um tem em si – exatamente como as abelhas que procuram e encontram em cada flor o que é particularmente valioso e o aceitam como um presente.
Exemplo da vida quotidiana
Duas senhoras viajavam juntas. No caminho descobriram cartazes do grupo de cantores “Silbermond”. X. disse à companheira: “Eles cantam canções muito bonitas, uma delas é assim: ‘Tu és a melhor coisa que me poderia acontecer’! Isto também se aplica a ti!”
Não era uma abelha que estava em ação, encontrando o mel escondido?