Há noventa anos, em 18 de janeiro de 1934,
as primeiras Irmãs de Maria chegaram
à África do Sul.
Um anseio que esperava para ser cumprido.
A Irmã M. Melitta Rümmele ingressou no Instituto das Irmãs de Maria de Schoenstatt em agosto de 1930. Quando tomou sua decisão, ela expressou ao Padre Kentenich seu desejo de um dia trabalhar em países de missão. Ele lhe assegurou que ela poderia ir se uma porta se abrisse para que as Irmãs fossem para um país de missão. No Natal de 1932, o Padre Kentenich lhe disse que estavam em andamento negociações para uma estação missionária na África e que ela estaria entre o primeiro grupo a viajar para lá, caso isso acontecesse.
Descobrir a vontade de Deus
Em 1932, quando os nacional-socialistas estavam tomando o poder na Alemanha e a situação política estava se tornando cada vez mais perigosa. Pe. Kentenich procurou maneiras de salvaguardar a missão de Schoenstatt. Ao mesmo tempo, foi abordado por Monsenhor Vogel, que estava procurando Irmãs para servir na África do Sul. O Pe. Kentenich também tinha uma boa conexão com o Bispo Henneman na Cidade do Cabo, que também estava interessado em aceitar Irmãs em sua diocese. Confiando na Divina Providência, o Padre Kentenich enviou oficialmente o primeiro grupo de sete irmãs para a África em 17 de dezembro de 1933.
Confiar no MHC – Mater habebit curam (Maria, a Mãe de Deus, cuidará).
A decisão do Padre Kentenich e a disposição das irmãs exigiram grande coragem. As Irmãs que se arriscaram a ir para um país desconhecido eram jovens e inexperientes. Estavam conscientes de que não retornariam ao seu país de origem. A comunidade das Irmãs de Maria de Schoenstatt havia sido fundada apenas sete anos antes e ainda estava sendo construída. O Padre Kentenich e as irmãs confiavam na aliança de amor com a Mãe de Deus. Antes de sua partida, ele lembrou às irmãs que a palavra de confiança “Mater habebit curam” (Nossa Senhora cuidará) pode fazer milagres. As irmãs até imprimiram as letras MHC em seus baús de madeira para lembrá-las dessa realidade. Suas últimas palavras para as irmãs antes de deixarem Schoenstatt rumo ao porto de Rotterdam foram: “Filha, não se esqueça de sua mãe. E então se tornará realidade: ‘Servus Mariae nunquam peribit’ – Um filho de Maria jamais perecerá. – (21 de dezembro de 1933)
Partida da Alemanha
Em 23 de dezembro, o primeiro grupo de missionárias, as Irmãs M. Liboria, Ir. M. Melanie, Ir. M. Irmine, Ir. M. Roswitha, Ir. M. Melitta, Ir. M. Tarzisia e Ir. M. Rosalie, partiu de Rotterdam para a África do Sul em um navio a vapor. A ousada viagem durou quase quatro semanas.
Em 23 de dezembro, o primeiro grupo de missionárias, as Irmãs M. Liboria, Ir. M. Melanie, Ir. M. Irmine, Ir. M. Roswitha, Ir. M. Melitta, Ir. M. Tarzisia e Ir. M. Rosalie, partiu de Rotterdam para a África do Sul em um navio a vapor. A ousada viagem durou quase quatro semanas.
Foi com grande alegria que elas chegaram ao primeiro porto de escala na África do Sul, em 18 de janeiro de 1934: a Cidade do Cabo. Elas foram autorizadas a deixar o navio e partiram naquela mesma noite em busca de uma igreja católica. Visitaram várias igrejas, mas nenhuma era católica. Na manhã seguinte, junto com um grupo de Irmãs dominicanas que haviam viajado da Inglaterra, encontraram uma igreja católica e puderam participar de sua primeira Santa Missa na África do Sul. Mais tarde, naquela manhã, elas usaram o seu conhecimento limitado de inglês para procurar o Bispo Henneman. Depois de uma alegre encontro, as irmãs voltaram ao navio a vapor para se preparar para a partida para East London.
Chegada à África
Elas chegaram a East London em 23 de janeiro e foram recebidas por três Padres Pallottinos que as levaram até Stutterheim. Passaram a noite no convento dominicano onde foi tirada a primeira foto de nossas Irmãs na África do Sul. Foi com grande entusiasmo que as Irmãs finalmente chegaram a Cathcart, onde cinco delas começariam a trabalhar na escola missionária, na paróquia e na enfermaria da localidade.
Os habitantes de Cathcart as receberam calorosamente com uma refeição festiva. À tarde, duas das irmãs, Irmã M. Irmine Schmitz e Irmã Melitta, viajaram para Queenstown, onde assumiriam seus novos trabalhos na casa do bispo e como assistentes paroquiais.
Gratidão às Irmãs pioneiras
Depois de se mudarem para sua nova casa, as Irmãs possuíam poucos recursos e perceberam que havia muito trabalho a ser feito. Mas elas também descobriram a alegria gratificante de ajudar outras pessoas e conduzi-las a Deus. Foi uma grande alegria para elas descobrir uma grande imagem da MTA na capela da Casa dos Padres quando chegaram a Stutterheim; a Mãe de Deus havia chegado à África do Sul antes delas! Durante sua missão na África, elas experimentaram repetidas vezes que a Mãe de Deus Cuidava delas, exatamente como o Pe. Kentenich lhes havia dito antes de partirem: “A Mãe cuidará – Mater habebit curam”.
Hoje somos gratos pelas sete Irmãs pioneiras que corajosamente foram à África do Sul para difundir a missão de Schoenstatt no mundo. Hoje, nossas irmãs trabalham na África do Sul, em Burundi e no Quênia, e apoiam o Movimento de Schoenstatt no Zimbábue, Tanzânia e Nigéria. Da África do Sul, nossas Irmãs foram enviadas para a Escócia, Inglaterra e Irlanda, bem como para o Texas, para apoiar o desenvolvimento de Schoenstatt nos países de língua inglesa. Muitos dos desafios de hoje são diferentes daqueles de há noventa anos atrás, mas continuamos a confiar no MHC e a experimentar o cuidado constante da Mãe Santíssima.