A Irmã Mariwarda
entrou aos 23 anos de idade na nossa comunidade. Devido à sua maneira de ser extrovertida e à alegria em estabelecer contactos, empenhou-se desde o início no movimento de peregrinos em Schoenstatt e guiou muitos peregrinos ao Santuário, familiarizando-os com a espiritualidade de Schoenstatt e o seu fundador, P. Joseph Kentenich. Quando as primeiras Irmãs foram enviadas para a Austrália em 1951, ela também se ofereceu como voluntária para a nova missão. Em 1956 pôde segui-las com quatro coirmãs. Era uma autêntica pioneira, com uma atitude aberta e positiva em relação a tudo o que era novo. Não se esquivava a nenhum problema e aceitava tranquilamente as surpresas. Com humor e alegria, confiança em Deus e espírito de serviço ao próximo, cumpria as suas tarefas.
Aprendeu a apreciar a Austrália,
tinha um olhar para a beleza da natureza, para as pessoas e as suas necessidades, sem pensar em si mesma. “Ela nunca tinha pressa”, disse um paroquiano, “tinha um coração aberto para todos, ouvia-nos calmamente, encorajava-nos e elevava-nos sempre”.
Quando recebeu um ramo de rosas pouco antes de morrer, devolveu-o às irmãs com o pedido que o levassem à capela e escreveu uma pequena oração:
“Pai do Céu, cada Rosa é um renovado Sim aos Teus desejos.
Cada espinho Te quer dizer: Pai, perdoa as minhas lamúrias e queixas.
Segura-me pela tua mão com firmeza”.
Esta foi a essência da sua vida relativamente curta: pela mão do Pai celestial com um sim pronto ao Seu desejo e vontade.
O seu firme apoio em Deus e na comunidade
deu à Irmã Mariwarda coragem para empreendimentos sempre novos, logo no início da nossa missão na Austrália.
Já pouco tempo depois da sua chegada ao oeste da Austrália, foi enviada com uma coirmã para o leste do país, para a cidade de Sydney, com a intenção de estabelecer aí uma segunda filial. Corajosamente, puseram-se a caminho para a longíqua Sydney – naquele tempo a viagem levava duas noites e dois dias – para assumir a administração do lar de uma senhora idosa, que ao mesmo tempo lhes ofereceu a oportunidade de estudar nesta mesma área.
Mariwarda enfrentou corajosamente todas as dificuldades associadas a esta nova aventura: estudar à noite, trabalhar durante o dia e “andar de porta em porta”, pedindo ajuda financeira para comprar uma casa para as nossas irmãs em Sidney .
Trabalho pioneiro
Após alguns anos de ensino, foi-lhe novamente confiado um trabalho pioneiro na construção de uma nova paróquia numa área residencial em rápido desenvolvimento da grande Sydney. Isto estava muito de acordo com a sua natureza. Quando perguntada por pessoas numa das primeiras reuniões porque é que ela se tinha realmente tornado irmã, ela disse muito simplesmente, “para levar as pessoas até Deus e para lhes dar um lar”. “Então está no lugar certo“, foi a resposta espontânea.
Foi com total empenho da sua pessoa que ela se dedicou à sua tarefa, que hoje se chamaria “agente de pastoral”. Mas ela era muito mais. Organizou as aulas de catequese e toda a vida paroquial, dedicou-se às Irmãs como Superiora, ajudou o pároco em palavras e atos, foi mãe para o povo, conselheira das famílias, amiga das crianças.
Como presidente da Sociedade de São Vicente de Paulo, conseguiu aliviar a pobreza de muitos. Com a sua maneira de ser alegre, espontânea e original, era popular entre o povo e bem-vinda em todos os comitês. A sua riqueza borbulhante de ideias criava muita vida e alegria.
Trouxe muitas pessoas para o Santuário de Schoenstatt e abriu os seus corações à espiritualidade de Schoenstatt. Com zelo, ela tornou o Pai e Fundador, com quem esteve profundamente unida ao longo da sua vida, conhecido em muitos círculos como um intercessor comprovado.
Saudação de despedida
Na sua saudação de despedida alguns dias antes da sua morte, agradeceu à sua comunidade, à Família de Schoenstatt e a todos os amigos que a tinham acompanhado, especialmente durante os últimos meses.